Dotados de três tipos de inteligência
– a intelectual, a instintiva e a emocional – homens e mulheres não diferem
apenas fisicamente, mas também no modo como utilizam a última delas. Tema de
diversos livros, a inteligência emocional é comprovadamente
melhor acessada pelas mulheres, praticamente de forma orgânica.
“Só pelo fato de a
mulher precisar provar a todo instante para a sociedade que tem capacidade não
só de conseguir vitórias, mas de ser bem-sucedida na vida, prova que ela tem
mais habilidades do que o mero machismo acredita, argumenta João Luiz Cortez, sócio
da Iluminatta Business, empresa voltada à formação de coaches. De acordo
com o especialista, a mulher tem uma conexão sensorial mais aberta para usar a
inteligência emocional do que os homens, pois consegue acessar mais facilmente
esse centro. “Saber lidar e considerar o emocional das pessoas pode abrir
diversas possibilidades, mas o contrário, por sinal, pode ser bem limitante”,
explica. “Isso acontece quando ela opera no pico da sua
potencialidade.” Cortez frisa que o coaching – princípio de ajudar
a aprender ao invés de ensinar – é uma ferramenta que trabalha com
foco no aumento das percepções femininas, podendo despertar ou mesmo
incrementar habilidades que antes não se conseguia acessar. Segundo o
especialista, o perfil profissional do mercado está se transformando e ficando
mais cor-de-rosa, como pode ser percebido com o crescimento da demanda pelo
coaching nas empresas brasileiras. Atualmente, 50% dos cargos de
supervisão estão preenchidos por mulheres, contra 30% há 10 anos, mostra estudo
realizado pela Catho.
O mesmo levantamento
informa que hoje 23% dos cargos de presidência ou equivalentes estão em mãos
femininas, contra 15% uma década atrás. “Apesar de 80% a 90% dos coachees
serem homens, essa porcentagem vem caindo ano após ano, dado à maior procura do
coaching pelas mulheres”, afirma. Até mesmo a gigante HP, lembra o sócio da
Iluminatta Business, se curvou a esse novo paradigma e já promoveu programas de
coaching específicos para suas executivas, abrindo possibilidades destas
chegarem aos mais altos cargos na organização.
Fonte: Revista Incorporativa
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